quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Tema de Leonel Brizola para campanha presidencial em 1989





Roda de Funk em Irajá

DIVULGAÇÃO, RODA DE FUNK
Abaixo, você pode conferir aqui na GAZETA DO ANDERSON SILVA, a cartilha da Associação dos proficionais e Amigos do Funk:

Cartilha da APAFunk



Lançamento: "Liberta o Pancadão - O Manual de Direitos do MC"


Vai nascer mais um fruto da parceria entre Movimento Direito Para Quem, Revista Virus Planetário e Associação dos Profissionais e Amigos do Funk!

A Cartilha "Liberta o Pancadão - O Manual de Direitos do MC", que conscientiza o trabalhador do funk quanto a seus Direitos Autorais, vai ser lançada no sábado, dia 19/12/2009, a partir das 12h, em uma festa da APAFunk. O local para um evento de defesa de direitos não poderia ser mais apropriado: o Centro de Cultura Popular Mariana Criola, na brava ocupação Manoel Congo, no centro da cidade (endereço abaixo).

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Juros: Meirelles não desiste…
quinta-feira, 10 dezembro, 2009 às 8:00
Anteontem publiquei aqui a informação de que o presidente do Federal Reserve, o Banco Central americano, anunciava que os juros americanos continuariam muito baixos – hoje estão em 0,25% – para permitir a recuperação da economia do país. E disse que aqui, ao contrário, o mercado queria que os juros – hoje em 8,75% ao ano – subissem.
Não deu outra. Hoje, em O Globo, a matéria que relata a reunião do Conselho de Política Monetária – que decide sobre as taxas de juros – teminou com um comunicado que indica uma possível alta de juros. O texto ressalta que há uma ociosidade “residual” no setor produtivo e que, em razão dela e da redução dos juros feita no início do ano, o BC avalia que o atual patamar da Selic é, “neste momento”, consistente com um cenário inflacionário.
Ora, se existe um problema sério da economia brasileira hoje é a taxa de juros alta, que está estimulando – mesmo com o novo IOF sobre o investimento estrangeiro – e entrada desenfrada de dólares para alpicação em fundos de renda fixa, lastreados justamente na taxa do BC.Quem quer aplicar a juros de 1% lá forase pode aplicar a 8,75% aqui?.
Se Lula tirar o pé do pescoço de Meirelles, não tenham dúvidas, ele aumenta a taxa de juros até março, antes de ir mostrar em Goiás como é um homem de intensa ligação com o povão.
Brizola Neto

O FUTURO QUE AOS DEMISTAS PERTECEM

Dizia-se, durante o escândalo do mensalão que atingiu o PT, em 2005, que o partido não sobreviveria a tamanho estrago em sua imagem. O PT iria acabar. Ou pelo menos minguaria nas eleições no ano seguinte e teria sua representação no Congresso reduzida a meia dúzia de parlamentares-pingados. Não foi o que ocorreu. Sua bancada na Câmara, que havia sido de 91 deputados eleitos em 2002, caiu para 83. O partido encolheu, mas muito pouco, perto das previsões devastadoras. E o DEM? O que acontecerá com o (ainda) partido do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, envolvido num esquema que produziu o maior acervo de imagens comprometedoras da história da República? O mensalão do DEM também terá pouco impacto nos resultados eleitorais da sigla no ano que vem?Há razões para se acreditar que a história não vai se repetir. Nem tanto por uma punição imediata do eleitor aos candidatos demistas. Mas pelos efeitos indiretos do escândalo no caminho entre a articulação que ocorre ao nível da elite política e as urnas. E pela posição desfavorável que o partido ocupa na dinâmica do processo decisório. A situação do DEM não é a mesma do PT. Por vários motivos.O Democratas não está assentado no comando de uma poderosa máquina federal, como estava o PT em 2005. O controle de cargos, verbas e sinecuras dava ao Partido dos Trabalhadores uma posição privilegiada, do alto, para sobreviver a todas as investidas e munição pesada lançada pelos adversários. Quadros importantes da legenda, como José Dirceu e Luiz Gushiken, foram alvejados e saíram de cena. Mas o principal, o coração, estava preservado. O presidente atravessou a crise como se estivesse num carro oficial blindado. Ou, para usar a metáfora de praxe, revestido por teflon. Nenhuma acusação colou em Lula.E essa é a segunda diferença. O DEM não tem um grande líder, e muito menos pode contar com um presidente da República popular – aliás, não apresenta um candidato próprio a presidente desde 1989. Em 2006, boa parte da sobrevivência do PT deve ser atribuída ao chamado efeito coattail, ou seja, à tendência de um forte líder puxar votos para outros candidatos do mesmo partido ou coligação partidária. O DEM, desde sua aliança com o PSDB, conformou-se com a posição de um partido satélite. Até para se aproveitar desse mesmo efeito coattail, capitaneado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Deu certo quando estava no governo, e sua bancada eleita na Câmara dos Deputados passou de 17,3%, em 1994, para 20,5%, em 1998, tornando-se a maior da Casa. Mas não deu certo na oposição. Sua representação despencou para 16,4%, em 2002, e para 12,7%, em 2006, quando passou a ser a quarta em tamanho. Nessa eleição, o mensalão do ano anterior era do PT, mas quem minguou mais foi o DEM (ainda PFL), com uma queda de 22,6% no seu número de deputados federais. Os petistas perderam 8,8%.O pleito de 2006 também significou para os democratas um baque no controle das máquinas estaduais. A derrota do carlismo, na Bahia, para um candidato do PT, Jaques Wagner, foi o golpe maior, numa disputa que deixou o DEM com um único governador, o do DF, exatamente José Roberto Arruda, que agora lhe suja a imagem.Logo, a desidratação do DEM é anterior e independe de qualquer escândalo. É mais profunda. O partido já não domina mais os grotões como antigamente. Quase oito anos fora do governo federal fizeram sua geografia eleitoral mudar, como mostram estudos recentes. O PT e os partidos aliados avançaram sobre seus territórios.O que lhe resta de importante, então? Ao DEM, sobrou o Senado, onde ainda tem uma bancada de peso; a prefeitura de São Paulo – de resto, um espólio herdado do padrinho José Serra e dividido com o PSDB – e o tempo que o partido dispõe no horário eleitoral gratuito. É com este último trunfo que os democratas ainda esperam preservar a posição de parceiro preferencial dos tucanos numa chapa presidencial. Terá o significado de um rebaixamento não emplacar sequer um candidato a vice. É esse o principal perigo que ronda o DEM e que se juntaria a todos os outros fatores para um possível definhamento eleitoral. Seria um poderoso sinal, ao nível das elites políticas, de um rearranjo nacional das alianças atuais. Os “demos” terão que orar muito para escapar desta. Por Cristian Klein

O governo do povo

Lula comenta...
O presidente Lula comentou, bem humorado, que, se a oposição continuar atuando assim, em breve ele terá 100% de aprovação popular. Melhor seria que os índices de aprovação não chegassem a tanto. Quando um governo, qualquer governo, está privado de oposição séria, costuma perder a cautela. Os adversários (e até os inimigos encarniçados) ajudam o homem de Estado, quando tocam na raiz dos problemas. Quando o governante não recebe reparos, e só colhe aplausos públicos e lisonjas em particular, abaixa a guarda e pode tornar-se vulnerável. A queda pode ser do tamanho da altura, de acordo com o ditado antigo.Estamos em contagem regressiva, a caminho das eleições. Agora são apenas 11 meses e alguns dias que nos separam das urnas. Sabemos que estes meses costumam ser velozes e, sendo velozes, acidentados. Podemos aguardar o crescimento de denúncias de desvios de recursos públicos, de licitações fraudulentas, de extorsões, suborno, concussão. Sempre foi assim, e não será diferente. Também temos que nos acautelar contra as acusações forjadas, como as do Plano Cohen, da Carta Brandi, e tantas outras, que fazem parte da história obscura de nossas sucessões. É provável que personalidades dos partidos da base do governo, sem poupar o PT, venham a ser acusadas disso ou daquilo. Por mais imune seja o presidente, ele acabará atingido pelas acusações, que, ainda que não o visem, visam a candidatura de sua ministra.Lula anuncia o propósito de sugerir ao Congresso que legisle para caracterizar a corrupção “crime hediondo”. Há circunstâncias que atenuam ou agravam os delitos, e há situações em que os atos de transgressão às normas sociais não chegam a constituir crimes, como roubar para matar a fome, ou matar em legítima defesa. Sua proposta indica a predisposição em limpar a política dessas práticas impuras. É duvidoso que o Parlamento, em ano eleitoral, venha a aprovar qualquer lei que endureça o combate ao desvio de dinheiro público para o financiamento das campanhas eleitorais.Teremos, sim, mais denúncias cruzadas. O caso do Distrito Federal é um exemplo de como as coisas ocorrem. Aceitando ou não a legitimidade das provas divulgadas – e que constituem um libelo difícil de ser contestado – está claro que se trata de uma disputa entre criador e criatura. O que ali ocorre irá repetir-se, de uma forma ou de outra, em todo o país. Podemos nos preparar para assistir a cenas grotescas e repulsivas. Provavelmente algumas venham a ser forjadas, dada a facilidade técnica de manipular fotografias, fixas ou em movimento, com os recursos atuais da informática.Como costumava dizer Tancredo Neves, estamos, como os aviões, em área de turbulência. Isso exige muita serenidade da tripulação, a começar pelo seu comandante.Quando personalidades, de qualquer partido, que apoiam um candidato, são acusadas de corrupção, também o postulante se desgasta. Por outro lado, é um axioma eleitoral não dispensar apoios, venham de onde vierem. Quase todos os candidatos se veem, dessa forma, conduzidos a amenizar as suas declarações contra os acusados de corrupção, mesmo quando estão convencidos de sua conduta ilícita. O peso do combate fica por conta dos partidos ideológicos, que, sem esperança de vitória, estão poupados dessas preocupações.A situação no entanto está mudando, com a crescente participação da cidadania nos atos de protesto e de repulsa contra os desmandos. Em Brasília, ontem, os policiais militares que retiraram os manifestantes da Câmara Distrital pareciam constrangidos em cumprir o mandato judicial, em evidente solidariedade com os estudantes.HondurasO Brasil teve outro êxito, no caso de Honduras, com a posição unânime dos chefes de Estado do Mercosul de não reconhecer a legitimidade das eleições e insistir no retorno de Zelaya ao poder, para cumprir o resto de seu mandato.A posição firme da comunidade sul-americana, mesmo que não tenha obrigado os golpistas de Tegucigalpa a devolver o poder ao presidente deposto, é um aviso aos candidatos a tiranetes: o continente mudou, e não será tolerante contra os que violam os ritos democráticos de escolha. Outra decisão importante foi a de sugerir à OEA de que todo Estado membro que tenha sido suspenso da entidade só possa a ela retornar depois de cumprir as resoluções de sua assembleia geral.Mauro Santayana JB